I – Entrevista Inicial com o paciente e pais;
II – Aplicação de testes e técnicas projetivas;
Opções: 1) Hora lúdica + desenho livre. 2) HTP.
3)DFE/CTA/TAT. 4) RAVEN/ BENDER;
III – Encerramento do processo: devolução oral ao
paciente/ pais;
IV – Informe escrito para a fonte encaminhadora.
Entrevista inicial
A entrevista
inicial é semi-dirigida, pois apresenta um momento diretivo na apresentação e
enquadre, é livre quando o paciente fala – o psicólogo apenas escuta e,
diretivo quando fecha a entrevista.
O principal
objetivo da entrevista inicial é conhecer o paciente exaustivamente, investigar
os dados fornecidos para formular hipóteses e planejar os testes a serem
aplicados.
Enquadre
Há algumas
questões fundamentais a respeito do enquadre:
a)
É
preciso esclarecer os papéis de cada um durante o processo. Relação
assimétrica;
b)
Lugar
e o horário para realização dos encontros;
c)
Duração;
Quantas sessões serão necessárias;
d)
Honorários
do psicólogo;
e)
Toda
e qualquer alteração no contrato feito com o paciente não pode prejudicar o
psicólogo nem o paciente.
Objetivos da entrevista Inicial:
1)
O
motivo da consulta;
2)
A
primeira impressão: Roupas/quietude/ linguagem corporal/ gestos e expressão
facial;
3)
A
verbalização – O conteúdo manifesto e o latente/ Tom de voz/ o tempo que usa
para falar;
4)
Coerência
entre o que fala e o que gesticula;
5)
Planejar
os testes a serem aplicados;
6)
Estabelecer
um bom rapport;
7)
Perceber
transferências e contratransferências;
8)
Avaliar
o vínculo do paciente com os pais e vice-e-versa; E essa relação com o psicólogo;
9)
A
capacidade de elaboração dos pais diante da situação diagnóstica e prognóstica;
Durante a entrevista inicial é crucial observar:
1)
As
ansiedades predominantes;
2)
As
condutas defensivas;
3)
Aspectos
adaptativos e patológicos
Em resumo o
psicólogo precisa “detectar a coincidência ou discrepância entre motivos
manifestos e latentes da consulta, o grau de aceitação, por parte dos pais e do
paciente, daquele que se revela ser o ponto de maior urgência assim como a
possibilidade do paciente, e de seus pais, de conseguir um insight. Esta
dinâmica surge porque o motivo da consulta é um elemento gerador de ansiedade.”
(O’CAMPO, p.35).
É feita
com os pais (mãe e pai). Se eles não puderem comparecer juntos, então que se
faça a entrevista separada.
Importante: Devemos
evitar o interrogatório, pois assim levantaremos angústias e sentimentos de
culpa desnecessários.
Os principais
aspectos a serem investigados na anamnese:
1)
A
queixa principal.
2)
A
história e evolução dessa queixa.
3)
Outras
queixas ou sintomas associados?
4)
Há
efeitos de um distúrbio emocional sobre o funcionamento presente?
5)
O
que pensa o paciente sobre os problemas e atitudes identificados?
BIO
|
PSICO
|
SOCIAL
|
Saúde materna:
Gestação/ pré-natal/ perinatal/ Condições do parto – complicações?/ Local do
parto.
Como foi a
internação para fazer o parto? A relação com os médicos; enfermeiros; estava
sozinha ou acompanhada?
Doenças na
família: Física e psíquica/ alcoolismo/ dependente químico/ suicídios.
Se houve
planejamento do filho. Noticia da gravidez.
Quando nasceu:
peso e estatura.
Se já fez
alguma cirurgia. Algum traumatismo, queda? Nervosismo. Doenças infeccionas ou
de qualquer ordem.
Quando começou
a andar e falar? Marcha e desenvolvimento psicomotor. Lateralidade. – quala a
mão dominante?
Sono –
distúrbios?
Faz
acompanhamento médico?
Inicio e
desenvolvimento da linguagem. Distúrbios?
Qual
o estado de saúde dos pais?
|
Sentimento que
a criança despertou nos pais quando nasceu.
Amamentação –
tinha reflexo de sucção? Mamava com que frequência? Usou mamadeira no inicio?
Lactância mista ou só artificial?/ Desmame - condições/ hábitos horais/
chupeta/ Introdução de outros alimentos/ Alimentação atual/ Atitude da mãe
frente a alimentação do filho/ Como se dá o momento de alimentação?/
Dentição/ Sono/ Como dorme/ onde dorme/ O que necessita para dormir/ Há
distúrbios do sono?/ Inicio e desenvolvimento da linguagem.
Controle dos
esfíncteres/ Como largou as fraudas?/ Sentimento da mãe com relação a
higiene./ Sentimento da criança ao ser vista nua ou quando fica suja. Há
manipulação dos excrementos?
Sexualidade –
curiosidade, perguntas, como aborda o tema (criança e pais), explicações –
termos usados pela criança e pais. Masturbação? Sentimentos que despertam nos
pais.
Relação do
nascimento com os irmãos;
Houve
falecimento de alguém próximo? Como é – resumidamente – a personalidade dos
pais?
Como
é – resumidamente – a personalidade dos irmãos?
Pedir
para falar sobre um dia da semana e um final de semana com o paciente.- AVD –
atividade da vida diária.
O
que gosta de fazer com os objetos? Como manuseia? Fantasias.
Manejo
com o dinheiro e pose de objetos.
Desejos
da criança.
|
A
constelação familiar do paciente e o seu lugar dentro dela.
Houve
novo matrimônio dos pais? Os pais são separados?
Qual
a profissão dos pais?
Como
é a relação entre os pais?
Como
é a relação dos pais com o filho?
Como
é a relação do filho com os irmãos?
Há
comparação entre os filhos?
Como
é o ambiente social dessa criança? Amigos, nível social, escola, cursos e
etc.
Quais
são as condições gerais dessa família? Econômica, moradia, grau de satisfação
e etc.
Qual
o papel dos parentes (Avós, tios, primos) e empregados no ambiente familiar?
A
constelação familiar do paciente e o seu lugar dentro dela.
Brinquedos,
como brinca e com quem brinca? Tipos de Recreações.
Ingresso
na escola e rendimento escolar. Onde estuda?
|
A HORA DO JOGO
Temos a horado
jogo diagnóstica: que é um processo com começo meio e fim. E a hora do jogo
terapêutica: Que é utilizado como ferramenta de intervenção do terapeuta em
cada encontro.
O papel do
psicólogo é de Observador Participante. Não deve interferir, somente responder
às perguntas com:
“Como
quiser”
“Como
preferir”
O que interpretar?
Qual a Fantasia
de Doença?
Qual a Fantasia
de Cura?
Obs.: Não anotar durante o desenrolar da
entrevista lúdica.
Desenvolver o
treino de observação e fazer o registro em seguida.
O que observar?
Como
a
criança se aproxima dos brinquedos, o que escolhe e a sequência dos seus
movimentos.
Como maneja o espaço
e tempo de cada atividade.
Os
órgãos dos sentidos (ouve o que você propõe? Necessita aproximar-se dos
brinquedos excessivamente?, etc...).
As
atividades motoras, verbalizações, repetições de movimentos e/ou volta para
atividade inicial.
A
escolha do brinquedo está relacionada com o momento evolutivo emocional
e intelectual da criança.
A
avaliação da motricidade: revela
a integração do esquema corporal, lateralidade e estruturação
espaço-temporal.
A
personificação: é a capacidade para assumir e desempenhar papéis no
brinquedo. Indica o equilíbrio entre o superego, o id e a realidade.
A
criatividade é um processo mental de manipulação do ambiente, onde surge
novas ideias, formas e relações.
O
jogo (brincadeira) é uma expressão da capacidade simbólica e via de
acesso às fantasias inconscientes.
É
a possibilidade de deslocar para outras situações, pessoas, objetos,
sentimentos, ideias, conflitos.
Tolerância
à frustração
e adequação à realidade mostram as capacidades egóicas junto com o
princípio do prazer e da realidade.
Referências:
ABERASTURY,
Arminda. A criança e seus jogos, Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
ABERASTURY,
Arminda. Psicanálise da Criança: teoria e técnica. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1992.
OCAMPO, M.L.S. e
col . O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo:
Martins Fontes, 1987.
WINNICOTT, D.W.,
O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975.
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