
Freud (1926) formulou
seus estudos sobre a resistência em inibição, sintoma e angústia, quando,
utilizando a hipótese estrutural, descreveu cinco tipos e três fontes das
mesmas. Zimerman (2004 p.96)
De acordo com o autor:
A primeira é a
resistência de repressão, quando o ego reprime toda a percepção que causa
ansiedade.
A segunda é a
resistência de transferência, quando o analisando se nega inconscientemente a
fazer uma transferência de aspectos negativos ou sexuais para com o analista.
A terceira é a
resistência de ganho secundário, por exemplo, quando uma patologia propicia
alguns benefícios.
A quarta é a resistência provinda do id, que
promovem resistências contra a mudança devido a uma compulsão.
A quinta é a
resistência oriunda do superego, que provoca sentimentos de culpa e exigem
punição.
Outros trabalhos de
Freud mencionam a Reação Terapêutica Negativa (RTN) que consiste num “instinto
de morte; a valorização do papel da contratransferência, de modo que ele aponta
que a resistência do analisando pode ser causada por erros do analista.”
(Zimerman, 2004 p.96).
É importante frisar, a
resistência pode ser tanto consciente quanto inconsciente, mas sempre provém do
ego e pode se apresentar através de ações, pensamentos, verbalizações,
fantasias, somatizações, emoções ou impulsos. (...) Por isso alguns
comportamentos do analisando, de faltar as sessões, aparecer atrasado, usar do
intelecto para se justificar emocionalmente, silêncio prolongados ou até mesmo
quando fala muito, mas não diz realmente o que angustia, entre outros, pode
dificultar a capacidade de elaboração do paciente. (Zimerman, 2004)
Referência:
Zimerman, David
E. (2004) Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão/ David E. Zimerman.
Porto Alegre. Artmed.
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