No documentário
“Do Luta à Luta”, você verá os relatos de alguns pais ao descobrirem
que seus filhos possuem uma alteração genética no cromossomo 21 - denominada Síndrome de Down. Através do
discurso manifesto e da forma como essas pessoas internalizam a deficiência, é
que diversos fatores psicológicos são abstraídos. É possível perceber como se dá o
processo do luto, passando pelo choque inicial, ligado à falta de conhecimento
dos cuidados reais de uma criança com necessidades especiais.
No documentário é abordado a questão de como as escolas e
profissionais estão se preparando para atender alunos com necessidades
especiais. Nesse sentido, o texto “Fundamentos para uma educação inclusiva”,
vem questionar a forma como as escolas ditas inclusivas fazem essa inclusão, ou
adaptação. Diante do vigente
sistema escolar dito, inclusivo, é importante refletir que não basta apresentar
uma proposta de aceitação para alunos com necessidades especiais. Nem apenas dizer
que estes alunos podem estudar em uma escola comum, se aquele que é considerado
“diferente” do modelo esperado pela escola é classificado de acordo com sua
capacidade. Desta forma, o aluno acaba sendo aceito no grupo, mas não está
sendo realmente incluído. A ideia mais
importante não é classificar. Não dizer quem é desta ou daquela forma, mas sim
responsabilizar todos os envolvidos, visando o alcance de uma participação
real. Todos devem entender que para o processo de inclusão é importante tomar
uma parcela de responsabilidade.
Em alguns momentos do
filme, as pessoas se referem às crianças com síndrome de Down, como um “Down”,
cheio de debilidade e restrições, classificam-nas de acordo com as dificuldades
e diferenças que contrapõem o padrão considerado normal. Mas, com este modelo
de visão, muitos deixam de perceber as potencialidades, as qualidades, os
desejos que estas pessoas sentem, que, às vezes, são muito próximos das vontades
que outras pessoas também têm. No documentário é exposto que as pessoas com
Síndrome de Down podem se adaptar, trabalhar, namorar e se relacionar
normalmente com outras pessoas. Basta estimular o sujeito e respeitar o tempo
de desenvolvimento necessário para este processo. Para que o processo de inclusão
escolar possa acontecer, existem vários fatores que necessitam de mudança. A
iniciar-se pelo despojamento dos pré-concebidos arraigados no modelo de
normalidade (linear) imposto pela sociedade. Seja dos pais, das crianças
consigo mesmas, professores, colegas e demais envolvidos. Além disso, é
importante o preparo dos profissionais que atuam diretamente neste contexto, pois
devem ter uma olhar que não classifica, mas compreende e media as relações.
Por fim, mesmo que
questões multifatoriais influenciem para que haja uma transformação na educação
inclusiva e, mesmo que essa mudança possa ser difícil, percebemos que não é
impossível, porém, é necessário o engajamento por parte de muitas pessoas,
principalmente os envolvidos no contexto escolar.
Por: Beatriz Andrade; Eliwelton Gomes & Viviane Lopes.
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