segunda-feira, 10 de junho de 2013

Do luto à luta



No documentário “Do Luta à Luta”, você verá os relatos de alguns pais ao descobrirem que seus filhos possuem uma alteração genética no cromossomo 21 - denominada Síndrome de Down. Através do discurso manifesto e da forma como essas pessoas internalizam a deficiência, é que diversos fatores psicológicos são abstraídos. É possível perceber como se dá o processo do luto, passando pelo choque inicial, ligado à falta de conhecimento dos cuidados reais de uma criança com necessidades especiais.
No documentário é abordado a questão de como as escolas e profissionais estão se preparando para atender alunos com necessidades especiais. Nesse sentido, o texto “Fundamentos para uma educação inclusiva”, vem questionar a forma como as escolas ditas inclusivas fazem essa inclusão, ou adaptação. Diante do vigente sistema escolar dito, inclusivo, é importante refletir que não basta apresentar uma proposta de aceitação para alunos com necessidades especiais. Nem apenas dizer que estes alunos podem estudar em uma escola comum, se aquele que é considerado “diferente” do modelo esperado pela escola é classificado de acordo com sua capacidade. Desta forma, o aluno acaba sendo aceito no grupo, mas não está sendo realmente incluído.  A ideia mais importante não é classificar. Não dizer quem é desta ou daquela forma, mas sim responsabilizar todos os envolvidos, visando o alcance de uma participação real. Todos devem entender que para o processo de inclusão é importante tomar uma parcela de responsabilidade.

 Em alguns momentos do filme, as pessoas se referem às crianças com síndrome de Down, como um “Down”, cheio de debilidade e restrições, classificam-nas de acordo com as dificuldades e diferenças que contrapõem o padrão considerado normal. Mas, com este modelo de visão, muitos deixam de perceber as potencialidades, as qualidades, os desejos que estas pessoas sentem, que, às vezes, são muito próximos das vontades que outras pessoas também têm. No documentário é exposto que as pessoas com Síndrome de Down podem se adaptar, trabalhar, namorar e se relacionar normalmente com outras pessoas. Basta estimular o sujeito e respeitar o tempo de desenvolvimento necessário para este processo. Para que o processo de inclusão escolar possa acontecer, existem vários fatores que necessitam de mudança. A iniciar-se pelo despojamento dos pré-concebidos arraigados no modelo de normalidade (linear) imposto pela sociedade. Seja dos pais, das crianças consigo mesmas, professores, colegas e demais envolvidos. Além disso, é importante o preparo dos profissionais que atuam diretamente neste contexto, pois devem ter uma olhar que não classifica, mas compreende e media as relações.

Por fim, mesmo que questões multifatoriais influenciem para que haja uma transformação na educação inclusiva e, mesmo que essa mudança possa ser difícil, percebemos que não é impossível, porém, é necessário o engajamento por parte de muitas pessoas, principalmente os envolvidos no contexto escolar.  

Por: Beatriz Andrade; Eliwelton Gomes & Viviane Lopes.

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