domingo, 2 de junho de 2013

Resistência - Revisão das Técnicas Psicanalíticas

De acordo com Zimerman (2004 p.95) “a resistência surgiu quando Freud discutiu as primeiras tentativas de fazer vir à tona as lembranças “esquecidas” de suas pacientes histéricas.” (...) Essa resistência, correspondia aos “obstáculos” encontrados no processo analítico, e a sua força significa a energia utilizada para excluir certos pensamentos do consciente.

Freud (1926) formulou seus estudos sobre a resistência em inibição, sintoma e angústia, quando, utilizando a hipótese estrutural, descreveu cinco tipos e três fontes das mesmas. Zimerman (2004 p.96)

De acordo com o autor:
A primeira é a resistência de repressão, quando o ego reprime toda a percepção que causa ansiedade.
A segunda é a resistência de transferência, quando o analisando se nega inconscientemente a fazer uma transferência de aspectos negativos ou sexuais para com o analista.
A terceira é a resistência de ganho secundário, por exemplo, quando uma patologia propicia alguns benefícios.      
A quarta é a resistência provinda do id, que promovem resistências contra a mudança devido a uma compulsão.
A quinta é a resistência oriunda do superego, que provoca sentimentos de culpa e exigem punição.

Outros trabalhos de Freud mencionam a Reação Terapêutica Negativa (RTN) que consiste num “instinto de morte; a valorização do papel da contratransferência, de modo que ele aponta que a resistência do analisando pode ser causada por erros do analista.” (Zimerman, 2004 p.96).

É importante frisar, a resistência pode ser tanto consciente quanto inconsciente, mas sempre provém do ego e pode se apresentar através de ações, pensamentos, verbalizações, fantasias, somatizações, emoções ou impulsos. (...) Por isso alguns comportamentos do analisando, de faltar as sessões, aparecer atrasado, usar do intelecto para se justificar emocionalmente, silêncio prolongados ou até mesmo quando fala muito, mas não diz realmente o que angustia, entre outros, pode dificultar a capacidade de elaboração do paciente. (Zimerman, 2004)

Referência:

Zimerman, David E. (2004) Manual de técnica psicanalítica: uma re-visão/ David E. Zimerman. Porto Alegre. Artmed.

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