quarta-feira, 5 de junho de 2013

Acompanhamento terapêutico


Dizer exatamente qual é a função de um acompanhante terapêutico é algo praticamente impossível, de acordo com a pesquisa da psicóloga Luciana Chauí Berlick, realizada no Instituto de Psicologia (IP) da USP. A indefinição que permeia todos os aspectos da atividade, inclusive sobre o perfil de quem ocupa ou poderia ocupar a função, gera angústia nos próprios profissionais, que emergem como aqueles que auxiliam os “sofredores psíquicos” a alcançarem a autonomia, para que consigam construir ou reconstruir suas redes sociais na comunidade da qual fazem parte.
No entanto, os acompanhantes reconhecem essa indefinição como responsável por proporcionar uma amplitude de possibilidades de atuação profissional, resultando em benefícios para o acompanhado. Na pesquisa Andarilhos do Bem: Os caminhos do Acompanhamento Terapêutico, a autora analisou a história do Acompanhamento Terapêutico (AT) e o discurso daqueles que trabalham na ocupação. “O papel da atividade ganha espaço na sociedade contemporânea, cuja marca é o individualismo competitivo e a perda de referências do coletivo, que destituem as pessoas de suas relações sociais”, conta Luciana.

Por Glenda Almeida - glenda.almeida@usp.br
Fonte: Agência USP

Leitura indicada:

ZAMIGNANI, Denis Roberto. O trabalho de Acompanhamento Terapêutico: A prática de um Analista do Comportamento. Revista Biociências, 3 (1); 77-90. Taubaté, 1997.

Artigo sobre o assunto: Núcleo Percepção

Um comentário:

  1. Muito bom! Sou AT em Porto Alegre, sempre em busca de novas perspectivas1 Meu trabalho > http://www.acompanhanteterapeutico.poa.br/

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