Dizer exatamente qual é a função
de um acompanhante terapêutico é algo praticamente impossível, de acordo com a
pesquisa da psicóloga Luciana Chauí Berlick, realizada no Instituto de
Psicologia (IP) da USP. A indefinição que permeia todos os aspectos da atividade,
inclusive sobre o perfil de quem ocupa ou poderia ocupar a função, gera
angústia nos próprios profissionais, que emergem como aqueles que auxiliam os
“sofredores psíquicos” a alcançarem a autonomia, para que consigam construir ou
reconstruir suas redes sociais na comunidade da qual fazem parte.
No entanto, os acompanhantes
reconhecem essa indefinição como responsável por proporcionar uma amplitude de
possibilidades de atuação profissional, resultando em benefícios para o
acompanhado. Na pesquisa Andarilhos
do Bem: Os caminhos do Acompanhamento Terapêutico, a autora analisou a
história do Acompanhamento Terapêutico (AT) e o discurso daqueles que trabalham
na ocupação. “O papel da atividade ganha espaço na sociedade contemporânea,
cuja marca é o individualismo competitivo e a perda de referências do coletivo,
que destituem as pessoas de suas relações sociais”, conta Luciana.
Por Glenda Almeida - glenda.almeida@usp.br
Fonte: Agência USP
Leitura indicada:
ZAMIGNANI, Denis Roberto. O trabalho de Acompanhamento
Terapêutico: A prática de um Analista do Comportamento. Revista Biociências, 3
(1); 77-90. Taubaté, 1997.
Artigo sobre o assunto: Núcleo Percepção
Muito bom! Sou AT em Porto Alegre, sempre em busca de novas perspectivas1 Meu trabalho > http://www.acompanhanteterapeutico.poa.br/
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