segunda-feira, 3 de junho de 2013

OS SILÊNCIOS DO PACIENTE

É possível que na prática terapêutica você já tenha vivenciado ou vai vivenciar o “silêncio do paciente”. Segundo Zimerman (2004), é possível determinar a causas mais prováveis do silêncio numa situação analítica.  São estes:

Simbiótico: Ocorre quando o paciente crê que é obrigação do analista adivinhar o que lhe incomoda.

Bloqueio: O analisando não consegue pensar.

Inibição fóbica: O paciente tem um forte medo de dizer “bobagens”.

Protesto: O paciente não aceita a assimetria entre ele e o terapeuta. É uma forma de exigir que o analista fale mais.

Controle: Impede que o analista faça interpretações já que o analisando não compartilha seus conteúdos. Além disso pode ser uma forma de testar a paciência do analista.

Desafio narcisista: É a crença de que se mantendo em silêncio o paciente obterá sucesso sobre o analista.

Negativismo: Pode ser a identificação dos objetos frustrantes que não lhe correspondem ou pode estar representando o necessário e estruturante uso do “não”. (Zimerman, 2004. p.370)

Comunicação primitiva: Se apresenta como a necessidade de expressar aquilo que não consegue dizer com palavras.

Regressivo: Às vezes, o paciente adormece no consultório. É uma forma de retornar a instancias anteriores do seu desenvolvimento, como se buscasse a segurança materna velando seu sono.

Elaborativo:  É o momento que o paciente se utiliza para refletir sobre determinados conteúdos.



Zimerman. D. E. (2004) Manual de técnica psicanalítica: uma revisão/ David E. Zimerman. Porto Alegre. Artmed.

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